4) Banco on-line alcança o público mais jovem e de maior renda
Ao observarmos os dados de aumento do uso dos bancos de forma on-line, fica claro que, no Brasil, não existe um único comportamento do consumidor bancário. Percebemos que os consumidores de renda média da Geração X até a Geração Z concordam com a afirmação de que usarão mais o banco on-line nos próximos um a dois anos. Já na faixa de renda mais alta, essa predominância aparece nas Gerações Xennial e Millenial. Quando observamos a faixa de renda mais baixa, a predominância se encontra nas Gerações Millenial e Z. Com base nessas observações, podemos afirmar que quanto maior a renda e menor a idade, maior a propensão dos consumidores em aderir a soluções bancárias on-line.
Essa divisão entre consumidores com maior propensão a aderir ao banco on-line e aqueles que ainda preferem realizar atividades bancárias de forma tradicional cria uma dificuldade para as instituições financeiras e para as fintechs, que precisarão desenvolver várias estratégias de mercado e, consequentemente, diferentes modelos de negócio para atender às distintas expectativas presentes em toda a população.
Com a implementação do Open Banking, em que um elemento regulatório central é o consentimento do consumidor, essa divisão de preferências de como realizar as atividades bancárias deve materializar-se ainda mais. Podemos esperar alto engajamento por parte dos mais jovens e da população de renda mais alta no uso de serviços dos provedores on-line, mas baixo engajamento por parte dos mais velhos e das populações com menor renda, implicando que o modelo de banco tradicional ainda perdurará no Brasil por mais algum tempo.
Mudanças no comportamento de consumo nos próximos 1 a 2 anos
(diferença entre respondentes que indicaram concordância com o conceito "vou realizar mais transações financeiras online" e os que discordaram (uma diferença de 54 pontos porcentuais).